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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

EM LENCÓIS DE SAUDADE


Deitei o corpo em lençóis-saudade
Em fronhas riscadas pelas vontades
A face triste umedecida de lágrimas.
Esquartejei minhas noites sem rimas
Retalhei todo sentir em ambigüidade
Poética - sem uma nítida identidade.

Longínquos iam meus pensamentos
Ansiando ver meu verso em advento
Orvalhar com sorrisos o meu pranto
Dando as rugas do tempo o espanto
Dum amor em total desprendimento
Nos braços de terno contentamento.

Em noites que do amor me senti senhora
Eu deitei esse meu sonho em voz canora
Debruçando os meus silêncios na sacada
D’alma, cerzi aquelas fronhas inspiradas
Em lençóis-saudade dei-te minhas horas
Esperando nossas belas noites doutrora.

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