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quarta-feira, 31 de março de 2010

VEM MEU DIA ILUMINAR


Vem que já é noite meu amado
Quero você por mim acarinhado
Quero a minha alma pelo avesso
No meu corpo o teu olhar travesso
Quero na tua pele minha pele nua
Quero você só meu e eu toda tua.

Vem que a lua no céu se insinua
A luz das estrelas amor perpetua
Os anjos entoam uma bela canção
Tocam nossos corpos com a paixão
Eleva nossas almas a grandes alturas
Fazendo de nós versos de poesia pura.

Vem que esse temp, nós vamos parar
Pra que se prolongue o êxtase d'amar
Nos teus braços quero feliz adormecer
Depois de muito contigo o amor viver
Quero despertar com a luz do teu olhar
Que de tal brilho vai meu dia iluminar.

TRISTEZA E ESPERANÇA



Quanto maior lhe for o mar da tristeza

Maior faça o seu céu da esperança.


terça-feira, 30 de março de 2010

QUEM AMA... (I)


Quem ama...

Não se importa com perigos

Não pensa em futuro

Faz do amor o seu abrigo

O mais perfeito paraíso.


BREVE SILÊNCIO A DOIS


Hoje, do silêncio preciso
Recolhendo meus pedaços
Refazendo-me do cansaço
Recobrando o meu juízo...

Preciso de uma luz de paz
Acalmando a minha mente
Acolhendo simplesmente...
As etapas que a vida traz.

Preciso ficar só comigo
Por ordem nos pensamentos
Por na balança os sentimentos
Procurar ver o que não consigo.

Preciso dos pés no chão
O meu olhar fixo no caminho
O meu corpo sem o carinho
O sonho guardado no coração.

Preciso desse tempo e depois...
Do teu colo me acolhendo
Dos teus braços me envolvendo
Num breve silêncio a dois.


sábado, 27 de março de 2010

POÉTICA SEDUÇÃO


As mãos nos sutis toques
Sentem a seda na textura
Desenham as linhas certas
Nos corpos em curvatura.

Peles arrepiadas ao tato
Em um prelúdio de prazeres
Expelem nos mágicos odores
Poéticos gozos d`instantes.

Os lábios desejosos - provam!
Da rara iguaria - o mel sabor
Vagarosos... Colhem a essência
Da poesia - em beijos de amor.


ANJO DA NOITE


Ao anjo da noite eu me quedo
Minha voz eu não mais silencio
Desnudo da alma - os segredos
Misturo-me aos sons do vazio.

E nos braços de tanto alento
Recolho as lágrimas meninas
Que d'olhar em confinamento
Embaçava do sonho, a vitrina.

E ao curso do vento, entrego
Corpo e alma em luz presente
Entre tons de harpas trafego
Num venturoso amor florente.


FRIA SOLIDÃO


A noite é tão fria
Numa cama vazia
Um corpo gelado
Ninguém ao lado
Sombrio é seu cio
Seu gozo tão frio.

O gemido baixinho
D’um só no ninho
Sem nada a dizer
Fica só um querer
Do verso desdito
Em sonho bendito.

E o olhar perplexo
De um só sem nexo
O escuro permeia...
A poesia como teia
Sua solidão aquece
E tão só adormece.


PASSADO... PRESENTE... FUTURO


Guardei com carinho o passado

Pra viver intensamente o presente

E assim...

Poder construir melhor o futuro.


sexta-feira, 26 de março de 2010

MARCAS DA SAUDADE


Existem-me noites tristes
E também alguns meus dias
Talvez seja por ter a solidão
Um quê, de vazio na canção
E de som de mar em saudade...

As horas em que me entristeço
São as horas que não te vejo...
Mas quando, nos teus versos
E braços - suave eu amanheço
Luzes surgem no meu Universo
Reaparecendo o meu sorriso
Feito uma poesia aos teus olhos
De pronto... Eu te ofereço...

OBSTÁCULOS


Eu passei mais de cem

Nessa vida passageira e errante

Que tão pouco eu sei...

E passarei quais for

Pois a fé me faz guerreira

Pela vida e pelo amor.


quinta-feira, 25 de março de 2010

VOCÊ ASSIM...


Quero-te assim...
Na chegada da noite, num céu de lua
No silêncio de luz, um canto de amor
Com alma dócil, o corpo em vias nuas
Em lençóis macios, suspiros ao calor.

Quero-te assim...
Em voz de carícia, que íntimo arrepia
Em afins de desejos e prazeres de amar
Libertando gemidos, por um fim a ânsia
De ter nas mãos, os caminhos a explorar.

Quero-te assim...
Como metade, que unifica o verso de mim
Perfumando o leito, com pétalas de rosas
Concebendo-me poesia, em ares de jardim
Dando-me o teu amor, em preciosa prosa.


quarta-feira, 24 de março de 2010

SONHO PUERIL


Vai-te na frente
Prepare nosso sonho
E com luzes virginais
Indique-me o caminho.
Mas não demores
Pois já assopra o vento
As pegadas sinuosas
Desses versos outonais.

De entre as nuvens
Abra um dedo de espaço
Cessando essa fria chuva
Para não desatar o laço.
E na minha chegada
O sonho em riso primaveril
Dar-nos-á um ao outro
Num leito de tempo pueril.


terça-feira, 23 de março de 2010

NAS TRAMAS DA NOITE



Há um palpitar suave d'emoção
Que silenciosamente se guarda.
Nas tramas da noite, aguarda!
E se faz ternura no coração...

Espanta o frio da madrugada
Retalhando os fios da saudade
Sussurra versos, em brevidade;
Às estrelas, pouco iluminadas.

O amor vivido refaz sua história
Acalentando a sua alma sofrida
Retocando cores, na paixão vivida
Dissipa todo um tempo de inglória.

Adormece sonho em essência anis
E em jardim perfumado o desperta!
A alma sem rumo segue rua incerta
Num desejo preeminente de ser feliz!

sexta-feira, 19 de março de 2010

VERSOS DE OUTONO


Inicia-se a mudança das paisagens
Um vento mais fresco vem lá do Sul
O céu, cinza, guarda por ora seu azul
Já é mais sóbrio o tom das folhagens.

As manhãs nos brindam com orvalhos.
Suas amareladas folhas - envelhecidas
Despertam as lembranças adormecidas
Guardadas numa saudade - aos retalhos.

É o majestoso outono chegando sereno
Agasalhando corpos, encantando almas
Poetas se inspirando na sua doce calma
Desfolham seus versos em vento ameno.


quinta-feira, 18 de março de 2010

AMIGOS DO BEM

"Para quem tem fé, amor e quer fazer o mundo melhor"

Olhar e se entristecer
Sentar e lamentar
Ver e nada fazer
Os braços cruzar
As mãos fechar
Em quê, isso vai ajudar?

Com outros olhos - olhar
Se levantar – ajudar...
Dar sem esperar receber
Abrir braços – abraçar
Mãos abertas – estender
Amor ao próximo - doar...

Abrace essa causa
Não desvie o seu olhar
São tantos que te esperam.
O seu pouco será muito
O bem tem pressa...
Não deixe pra amanhã
Hoje é o dia - o agora é a hora.

AMIGOS DO BEM

Conheça - participe - passe adiante...
Eu já faço parte - e você, fará também?

Acesse o link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=1HVWgXkcgpI

terça-feira, 16 de março de 2010

AH! EU SINTO...


Eu sinto...
Que a cada poesia escrita
Mais perto chego da última.

Ela - que tão naturalmente
Atravessava a linha imaginária
Da minha alma sonhadora e alada
E se estendia por todo meu corpo
Agitava minhas veias com sedução
Fervia na fascinação de um êxtase
Regia melodias na sua pulsação...
Nascia como um imenso grito
Que tivera há tempos guardado
Rompendo da voz - o silêncio...

Ah! Eu sinto...
Que agora é outro tempo
Tempo em que o amor
Se esconde dos versos
Que a dor o mantém cativo
Não o deixando liberto.

Ah! Eu sinto...
Com pesar todo o peso
Desse gelo em minha alma
Deixando em inércia meu corpo
Vendo tudo morrer pouco a pouco.
Não restando mais nada
A ser no meu hoje escrito
Por tudo que senti e vivi - ter dito!

Ah! Eu sinto...
Que pelo vazio serei aprisionada
E me alimentarei das sobras do ontem
Das loucas fantasias tão bem exploradas
Dos meus sonhos que pareciam infindos.


Ah! Eu sinto...
Que estou bem próxima desse fim
Pois o amor - naufraga e me afoga
E o seu avesso será dor e o começo
Dum verso óbito na poesia de mim.


VOCÊ EM MIM


Não sei qual é o tempo dentro do teu tempo

Que reserva pra pensar em mim.

Sei que todo o tempo dentro do meu tempo

São os meus pensamentos a ti.


MENINO POETA! POETA MENINO!


Menino poeta! Poeta menino!

Viajante de infinitos sonhos
Que traz da lua o que canta
Que o mar amansa e encanta
Que na terra se deita em sono.

Menino poeta! Poeta menino!

Que de suntuosos castelos
Com castiçais e velas acesas
Imagina príncipes e princesas
Em estórias de romance belo.

Menino poeta! Poeta menino!

Que de uma só flor faz jardim
Que da lágrima faz tempestade
Quando chora a sua saudade
Ou o amor lhe dá sinais de fim.

Menino poeta! Poeta menino!

Do ontem tinteiro - do hoje teclado!
Dos mil e-mails ao invés de cartas
Que com um delete tudo descarta
Refazendo o outrora inspirado.

Menino poeta! Poeta menino!

A sua paixão faísca diamante
O seu amor atravessa Universo
A sua solidão geme em reverso
E o seu prazer é êxtase à amante.

Menino poeta! Poeta menino!

Seus versos viajam a sua vontade
Sua poesia os guarda em relicário
A sua poética constrói um santuário
Em templo sem tempo na eternidade.


segunda-feira, 15 de março de 2010

EM AMARELADA FOLHA


Se acaso vier a sentir solidão
Lembre que nela você me largou;
Deu as costas, pra trás não olhou
Deixando um rastro de desilusão.

Esquecido, o tempo de cúmplices
Tudo o que foi vivido se evaporou
Todo amor que te dei, desprezou
Juras feitas perderam a crendice.

Tua partida, com pranto lamentei
Só, eu me silenciei pela estrada;
Deixei minhas poesias arquivadas
Memórias d'um amor que dediquei.

Hoje, não mais me dói o coração
As lágrimas derramadas secaram
Meus versos novo rumo tomaram
Minha alma achou paz na oração.

E de cada palmo daquela estrada
Onde a beira dela, me abandonou
O vento, toda dor do chão soprou
E o céu se abriu em bela alvorada.

Adeus, em amarelada folha escrevi
Virando a página, pra não mais ler.
Eu demorei, naquele teu adeus crer
Porque nem dos teus lábios eu ouvi.


QUE PENA...!


Que pena!

Ler que muitos escrevem

Com perfeição sobre o amor

Mas na hora de vivê-lo...

Esquecem tudo que escreveram

E assim, deixam que o tempo

Apague o sentido das palavras

Deixando escapar entre os dedos

As incontáveis juras de amor.


domingo, 14 de março de 2010

EM TUAS MÃOS


Colocarei minha alma
Inteira em tuas mãos
Pra que tenha a verdade
Desse meu amor e paixão.

Meus pés serão teus
E o céu - será o chão
Teus passos os meus
Nessa estrada ilusão...

Dar-te-ei minha voz
Na mais pura emoção
Murmúrio d'uma brisa
Meu coração em canção.

Ter-te-ei nas noites
Inteiro nestas mãos
Esculpindo estrelas
Do prazer em explosão.

Terás destes olhos...
Da alma, a ampliação
E em uma só lágrima
Do gozo - a sublimação.

Abrirei sem reservas
As portas do coração
Dar-te-ei eterna morada
Ser-te-ei o adeus à solidão.

Terás todo meu corpo
No arder da sedução
E em magia de êxtase
O elo forte d'uma união.

Dar-te-ei meu silêncio
Em minuto de oração
Confirmando-te o amor
E o meu Ser em rendição.


VAI ENTENDER... ? !



O que hoje eu não entendo

Deixo guardado no tempo

Quem sabe no meio tempo

O tempo me faça entender

Afinal... Pra que a pressa?

Sê, tenho uma vida inteira

Pra entender...

Espero que só uma vida

Já me baste!



sábado, 13 de março de 2010

AMOR À DISTÂNCIA


Não importa a distância que nos separa
Estradas... Montanhas... Serras ou mar
É o céu, o paraíso desse nosso encontro
E é nele que se deitam o meu e teu corpo
Em total entrega, inteiros, à arte de amar.

Há quem pense que à distância nos separa
Engano! Ela faz do nosso amor, mais puro
Tem um encantamento tal - que nos eleva...
Da forma mais real - mais plena - mais bela.
Não há distância quando se ama... Eu juro!

As nossas almas unidas no amor se acasalam
Desprezando a distância, muito nos amamos
Como se lado a lado - sempre estivéssemos...
E assim, adormecemos... Ternos e abraçados
Pra despertarmos felizes e mais apaixonados.

Não há e nem haverá qualquer distância
Neste mundo - que a este amor separe...


SONHADO DESPERTAR


Despertei envolta em amor
Amor que sinto me abraçar
E que me faz inteira aspirar
Deliciando-me desse alvor.

Teu olhar a espreita, rodeia
Retorna de encontro ao meu
Estendem-se ao azul dum céu
Admiram flores entre a aléia.

Teu amor me abriga e ampara
Meu amor te mima, faz carinho
Despertados num sonho ninho
A vida vibra... O mundo pára...


O MEU AMOR


Não farei juras

Porque elas são vãs

Podem nascer nas noites

E morrer em frias manhãs

Mas... Inconteste é;

Se perpetuado em mim

O meu amor - por você

Nunca terá fim!


sexta-feira, 12 de março de 2010

AS PALAVRAS


As palavras são mágicas

Sabendo reuni-las
Com sabedoria

Formam frases de efeito

Marcam um momento

E se espalham com o vento...


NADA SEI DE TI...


Nada sei de ti...
Se nas noites, alguém te aquece ou sentes frio
Se em algum dia te assolou o eco de um vazio
Se teus passos são firmes distribuindo sorrisos
Se fazes planos futuro ou segues no improviso.

Eu sei de mim!
Das noites, de infindos sonhos, em que te recebo
E me sinto uma donzela, em braços de mancebo
Dos dias que nascem, com o meu eu te acolhendo
Dos versos sem modos - no teu corpo escrevendo.

Nada sei de ti...
Se em algum instante sentiu no teu caminho medo
Se quando viajas pelo universo, deixas lá segredos
Se teus olhos por um momento foi a minha procura
Se queres viver um mor amor, ou queres aventuras.

Eu sei de mim!
Do amor que faz do meu viver um sempre acalanto
Do sentimento que nutro e te cubro com meu manto
Da esperança em te ter - que receio chegar a um fim
Dos instantes poéticos, que teu amor me dás em sim!

Nada sei de ti... Eu sei de mim!
Sei que esse amor, tem a magia dum outro mundo
Por assim, te amar, ouso num sentir mais profundo
Saber mais de ti do que eu sei de mim...


NA FÚRIA DOS VENTOS


Esquive-se de toda tormenta

Dou-te meu peito em alento

Com ternura e beijo

Recebo-te...

Aconchega-te!

Mesmo sendo breve o momento

Sinta-me estancar teus lamentos.




DO FINITO AO INFINITO


Duas vidas paralelas
Sobrevoam os jardins
Tocam todas as flores
Alegram com suas cores
Absorvem os aromas
As essências e afins...
E em vôo mais longo
Entre os tantos ir e vir
Da realidade à fantasia
Esbarram as leves asas
Pousam na paz dum dia.
E sobre um espelho
Sonhos - vida – amor!
Almas em reflexo de poesia
De límpidas águas emergidas.


sábado, 6 de março de 2010

PERDIDOS E ACHADOS


Foram beijos, que não dei
Secando sem o doce gosto
A boca se alimentou do sal
Das lágrimas em desgosto...

Os meus lábios ressequidos
Pela longa espera - de céus
Sentiu o fel de amor perdido
Gosto de sonho que morreu.

Mas a tua boca, em suave mel
Reascendeu todos meus beijos
Despindo-me dum lúgubre véu
Revestiu-me de amor e desejos.


ESSA SAUDADE


Molhou o travesseiro uma lágrima
Nas rugas dos lençóis as vontades
Passaste por minha noite tão veloz
Que deixou de levar essa saudade.

Mas a guardarei quietinha no peito
Para que o sonho tome o seu lugar
Não há tempo - nesse nosso tempo
No sonho sei que vou te encontrar.


sexta-feira, 5 de março de 2010

SER MULHER


É ser cor e sabor
Ser o perfume denso
Na fusão do amor.

É ser a voz da paz
Nos jogos da guerra
O coringa que apraz.

É ser o ponto de luz
No ventre gerador
Nas dores de sua cruz.

É ser livre e humana
Doando corpo e alma
Com a pureza profana.

É ser verbo sem tê-lo
Ser dele, sua semente
Em fertilidade mantê-lo.

É ser atalho à paixão
Ser a poesia que liberta
Aprisionando o coração.

É ser a dor e o prazer
Amar na incógnita nudez
De mulher - apenas o ser!


EU SOU ASSIM...


Eu sou assim...
Um verso que de tempo em tempo
Se transmuda
Depende do que vivi no momento
Nele, a alma se desnuda.

Um verso em idéias, nem sempre
Tão inteligentes
Mas buscando no tempo presente
O instante envolvente.

Eu sou assim...
Um verso seguindo a voz do coração
Apaixonado...
A favor dos ventos de uma emoção
E pelo amor comandado.

Um verso viajante entre terra e céu
Liberto...
Com ou sem rima, fazendo seu véu
Do amado, distante ou perto.

Eu sou assim...
Um verso que tudo sabe sobre mim
E das minhas noites e dias
Revelando-me, em começo, meio e fim
Nua, nas entrelinhas da poesia.

O CIRCO DA VIDA


Venham... Venham todos!
O circo da vida, de tudo tem um pouco
Tem picadeiro de luxo e de entulho
Tem homem bala que recebe e que atira
O que engole fogo e o que engole as dores
Tem mulher sem barba fazendo a vez do homem
Tem animais irracionais sendo instintos
E tem domadores racionais virando animais
Tem mágicos que tomam - nem sempre devolvem
Tem equilibristas num quase cai e não cai
E como sempre, tem muitos e muitos palhaços...
Esses, não podem faltar no picadeiro da vida
Sorrindo, escondendo seus sofrimentos
Contracenando em meio à dura realidade
Tentando alegrar corações feridos e o seu próprio
Fazendo do mundo, um circo de sonhos
Sendo ele o artista, que dribla qualquer jogo
Imposto à ele, sem poder de escolha.
E o dono, desse gran circo da vida
Do alto da arquibancada a tudo olha
Em certas horas com intensa alegria
E em muitas, com profundo desgosto!


quinta-feira, 4 de março de 2010

SOU TUA!


Não te acanhes
Tome o que te pertence
Tire-me da clausura
Desse sonho que eu vivo
Chegue como um bravo
Um forte...
Demarque território
Neste corpo.
Tome-me em tuas mãos
Seja guardião dos sentidos
Seja dono dos meus desejos
Ame-me com liberdade
Possua-me a teu controle
Pois já tens a minha alma.
Na fraqueza da minha pele
Tremula - ela te pede
Não te acanhes...
Tome o que te pertence
Esse meu amor.
Seja o meu homem
O amante que eu quero
Amando-me em desejos
Tomando-me o fôlego
Vivendo comigo
Todos os meus sonhos.


PERMITA-ME SONHAR


Permita-me simplesmente sonhar
E nesse sonho, um vôo alto içar
Alcançar-te nas minhas quimeras
Fechar o tempo de escuras eras
Gravar poemas nas singelas luas
Esperar-te na estrela de luz nua.

Permita-me no sonho te encontrar
E no arco-íris dum verso te enlaçar
Oferecer-te minh'alma em raros bens
Dar-te meu corpo em virgens nuvens.
Pra que não venha ter a poesia um fim
Seja o meu sonho nos versos de mim...


quarta-feira, 3 de março de 2010

SONHO EM RÓSEO TÁLAMO


Quero apenas sonhar com coisas que não possuo
Deixar as fantasias voarem em um céu de abrigo
Deitar versos em véus floridos e dourados trigos
Visitar o paraíso azul onde esse amor perpetuo.

Quero apenas sonhar que ainda exista nalgum lugar
Teu semblante de anjo disposto a tudo comigo viver
E que por teus braços envolvida eu venha sempre ter
O amor como certeza me inspirando a poesias criar.

Quero apenas sonhar sonhos possíveis e impossíveis
Libertar meu corpo em relva amanhecida de orvalho
Deixar a minh'alma caminhar em cintilantes atalhos
Fazendo dessa imagem os meus sonhos mais prováveis.

Quero apenas sonhar que me ama como eu te amo
Que o sonho não é solitário que o amor em nós vive
Que o tempo dono do nosso tempo jamais arquive
Como findo nossa paixão vivida em róseo tálamo.

UMA LÁGRIMA


Se uma lágrima
Quiser rolar
Deixe que ela se vá
Da dor ela é a cura
Da saudade é o tempo
Da emoção o coração
Do amor ela é a jura.
Se uma lágrima
Insistir em voltar
Lembrando solidão
Descanse ela
Em linho branco
E a Deus entregue
Em oração.


terça-feira, 2 de março de 2010

COMO VAI VOCÊ?


Como vai você?
Que não mais sorri com o meu sorriso
Que em certos momentos, perdia o juízo
Que me abraçava com braços fortes de amante
E em lindas viagens, me levava por instantes.

Como vai você?
Que tinha sempre um doce e ardente beijo
Que me fazia rodopiar em noites de desejos
Que me consumia, e se deixava consumir...
Pela chama que dos corpos viessem advir.

Como vai você?
Que não aquece mais meu corpo e minha alma
Não me embala mais, em rio de infinita calma
Que não seca minhas lágrimas com mãos de amor
Pra que não mais sejam, elas, de saudade e dor.

Como vai você?
Que em todos os meus sonhos eu tanto chamo
Que em cada verso que nasce, seu nome clamo
Que por onde quer que eu ande, está comigo
Porque ainda é esse amor, todo o meu abrigo.

Como vai você?
Que meu coração não se esquece um só segundo
E pelas trilhas da vida, sente frívolo esse mundo
E por assim te amar... Guardo-te em mim seguro
Para não ser imaculado, esse meu amor tão puro.


segunda-feira, 1 de março de 2010

UMA POESIA AO TEMPO


Sou tudo o que podem ver
E o que ninguém pode tocar
Sou o sol tanto quanto a lua
E meus versos são meu mar.

Sou o sentimento que flutua
Nas entranhas dum outro ser
Nada que fira, nem desfigura
Só mais acrescenta ao viver.

Sirvo-me da essência da noite
Gole a gole, em taça de paixão
E o amor as bordas do infinito
Escorre-me com toda sedução.

Sou a poeira cósmica sem céu
Um ser em véus de incertezas
Na incessante busca de mais
Nos seios dessa mãe natureza.

Sou igual a um sopro de vento
Que muda seu rumo e a direção.
Sou uma poesia posta ao tempo
Em prêmio justo de consolação.

E sabendo existir um algo além
Desse horizonte que se impõe...
Eu dispo o meu ontem - no hoje
Descobrindo preciosas lições...


FRÁGIL SONHO


Não é difícil
Construir um sonho
Repleto de paixão
Em castelo de areia
Mas difícil é...
Ver ele logo tombar
Num sopro de vento
Ou ser ele levado
Pela maré cheia...

Um sonho só se torna possível
Quando dois sonham o mesmo sonho de amor.