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terça-feira, 31 de maio de 2011

ENLUTADAS PALAVRAS...



Ah! Como me pesa este luto
Ferindo com dor o meu peito
Mantendo cenas em sepulcro.


Lágrimas que desarrumadas
Desajustam minhas palavras
Mofam as estagnadas cartas.


Ah! Toda essa minha viuvez...
Florindo de negro a minha tez
Cravando nalma sua estranhes.


Meu arco-íris se tornando gris
Quebrando promessa que te fiz
Sem ti! Longe fiquei de ser feliz.


Ah! Há de me vir um amanhã além
Reencontrar-te-ei no amor que tem
O fim a este luto - que me faz refém!






sexta-feira, 27 de maio de 2011

LIVRE-ARBÍTRIO




Rompi a casca

Soltei a alma

Dei asas à poesia.





POEMA MÓRBIDO



Em noite de céu negro
Eu vejo o vulto da fria morte
Por labirintos de medos
Rondando os caminhos à sorte.

A solidão vive seus limites
A alma se encontra sem norte
E o verso que nasce - morre!
Num corpo sem poema e porte.

Esse silêncio tão profundo
Desmancha-se numa luz forte.
O som da vida retoma o lúdico
E a alvorada leva a noite morte.




quinta-feira, 26 de maio de 2011

O AMOR...





Na poética e meus sentidos

É êxtase... É dor... É saudade

É versos rubros no todo de mim.





MAS...



Sim, de fato a natureza tem mil encantos,
Assim, como a nós, o mar tem dado seu canto
Em magia...
Também à noite, as estrelas junto à dona lua,
Traz a boêmios e poetas, as tão cruas e nuas
Poesias...
Mas, pra que fosse meu Ser envolto em calor,
Fez-te ela Sol para me acariciar com ardor.


Fez as plantas e flores tomarem seus espaços,
As arvores, deu galhos a parecerem braços em laços,
Em visão esplendorosa...
Ao vento ordenou que assobiasse suave canção,
Que entre folhas e ramos causasse a sensação
De uma melodia maviosa...
Mas, pra que eu pudesse conhecer a arte de amar,
Trouxe-me na tua voz, o amor que viesse me encantar.


Fez do homem, sábio e poeta, dando a ele o poder
De com imaginação, tudo criar e assim promover
O bem estar...
Deu a ele, a livre escolha e também a sensibilidade,
Para que seus sonhos pudessem se tornar realidade,
Só precisando se doar...
Mas, pra que o maior dos meus sonhos fosse alcançado,
Fez-te verso de amor, pra na minha poesia ser trançado.


E entre os humanos, ela espalhou muitos dons,
Para que os pintores dessem a vida, vários tons
E a engrandecesse...
Aos músicos deu o canto lírico vindo da alma,
Para que em tom de paz trouxessem, mais calma
E enternecessem...
Mas, pra que a minha alma voltasse a encontrar luz,
A natureza te fez poeta, que me ilumina e me conduz.


E foi assim, que fez ela, serem perfeitos noites e dias,
Trocando no céu, o véu escuro, pelo brilho e magia,
Eternamente...
Bordando com todas as cores uma linda colcha de retalhos,
Fazendo das lágrimas do mundo, gotas puras de orvalho
Incessantemente...
Mas, pra que nunca mais viesse ser triste um dia meu,
Fez-te anjo-homem, pra em asas de amor me levar ao céu.






terça-feira, 24 de maio de 2011

UM VERSO SÓ



Virando pó
Me deu dó
Do verso só.

E morreu só
Em ai de dó
Em chão pó.

Oh! Que dó!
Partiu tão só
Ao seco pó!

Mesmo em dó
Tornou-se pó
Meu verso só.




GUARDO-TE COMIGO



Guardo-te nas horas em que fui feliz
Pois na vida eu sou apenas aprendiz
E aprendendo noite a noite - dia a dia
Eu colho frutos e flores para a poesia.

Da seiva ora doce ora amarga sorvendo
Vou construindo um sonho de amor belo
Edificando pouco a pouco o meu castelo
E nele, todo meu amor por ti mantendo.

E se a vida me colocar em encruzilhada
Logo busco no amor toda a força minha
É ele que me levanta e sempre me aninha
E minh’alma faz crescer em nova estrada.

E ao lamento que a esta porta venha bater
Entrego depressa essas lágrimas sentidas
Molhando de pranto toda a poesia nascida
Aliviando o coração para melhor renascer.

Ainda tu vives nos dias e noites do meu viver
E amando-te na virgindade dos meus versos
Cada poesia é uma conta, que monto o terço
Do meu amor, pra que possa ele te proteger.




segunda-feira, 23 de maio de 2011

ÚNICO



No plural dos meus versos

O instante singular - é Teu

Revolvendo todos os meus Eu.



EM LIRA DE AMOR...



Que os Deuses jamais apaguem esse amor
Mesmo que nunca o terei em meus braços.
Peço que o protejam aonde seus passos for
E no coração mantenha em d’ouros laços.

Ele é meu alento, quando em águas bravias
É a singular poesia, nos meus olhos menina
É a alma dos meus versos, em noites vazias
É meu sonho acalentado seguindo sua sina.

Sê, almas guardam doutro tempo, a visão
Deuses constroem com luzes seus caminhos
Protegem com lanças o momento da união
Imergindo-os na essência dos seus vinhos...

E assim sendo, nunca se mudará esse destino
Que escrito foi em páginas azuis no infinito...
Do noturno tempo nascem sonhos vespertinos
Despertando a lira do amor - versos benditos.




domingo, 22 de maio de 2011

PARAÍSO DE NÓS DOIS



Toque-me agora!

Não se afaste

Apenas me toque

E me eleve

Tão alto qual aquele monte

Deite-me na relva

Quero ali o meu pouso...

Seja o meu anjo

Tocando minha alma.

Toque-me agora!

Entregando-me seu beijo

Faça dele o néctar

De amor e desejo.

Que meu corpo seja o jardim

Regado por sua paixão

Que o amor seja o paraíso

Sendo nós Eva e Adão

E sem nenhum pecado

O amor que nos foi traçado

Sem ser esperado

Seja único...

Seja o momento...

Entre dois apaixonados.





SUSTENTÁVEL



Por vezes eu me sento

Cansada do caminho

Pois a vida não é fácil

Quando pés vão sozinhos

Mas logo eu me reergo

E sigo minha jornada

Firme... Forte

E equilibrada

Sobre meus altos saltos.




sábado, 21 de maio de 2011

TANTO DE SAUDADE...



Há tanto de silêncio
Nesta alma vagante em brando abandono
Que a saudade é tanto que consome.


Há tanto de segredos
Neste corpo que abafa seus brados à espera
Dos gemidos que saciarão a sua fome.


Há tanto de amor
Neste coração que por assim amar tanto tanto
Bombeia em seus fios de sangue teu nome.


Há tanto de ti no meu todo
Que em meus sonhos - quereres e versos tantos
Teu nome é fome e saudade que me consome.