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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

UMA CABANA PRA AMAR...



Procuro pra nós dois
Um canto... Um recanto
Onde possamos nos amar
E em paz ouvir o encanto
Das águas... Dos pássaros
E da música que o vento traz.
Um ninho abrigo... Um refúgio
Onde a volta tenham mil flores
Na sala uma pequena lareira
Pra juntinhos nos aquecermos
Na varanda uma grande rede
Pra que o Sol nos surpreenda
E gentilmente nos desperte
Numa manhã de primavera.
Sigo nessa procura
Duma simples e bela cabana
Que tenha próximo um riacho
Que a estrada ainda seja de barro
Que a natureza ao seu redor
Lembre a obra do criador
Onde o céu seja mais azul
E as estrelas mais brilhem.
Procuro essa cabana
Pra vivermos todo esse amor
Longe do que venha a ser profano
Longe das ruas que leva ao insano
Onde a pureza do amor impere
E entre tudo cresce e floresce...

E deste mundo tudo o mais?
A gente esquece...



TÃO TEUS...



Esta boca

De sedentos lábios

Ardentes - língua e céu

Rubra do pecado a cor

De paixão escandalizada

Regada do vinho o sabor

Melada de delicioso mel

Entrega-se toda a entrega

Desses teus... Tão teus...

Beijos meus...



SINTA-ME...


Sinta-me sendo...
O predileto de teus perfumes
Entrando por todos teus poros
Fixando-me em tua pele.

Sinta-me sendo...
O alimento que vai a tua boca
Fortalecendo todo o teu corpo
Num deguste vagaroso.

Sinta-me sendo...
A tua lágrima purificada
Escorrendo pela tua face
Em teu coração se desfazendo.

Sinta-me sendo...
A roupa que te protege
Colando-se ao teu corpo
Aquecendo-te e te envolvendo.

Sinta-me sendo...
A pupila dos teus lindos olhos
Brilhando como duas pedras raras
Iluminando os teus passos.

Sinta-me sendo...
A água da mais pura fonte
Banhando todo o teu forte corpo
Saciando toda a tua sede.

Sinta-me sendo...
O teu leito e em mim descanse
Repousando o teu doce sono
Vivendo todo o teu sonho.

Sinta-me sendo...
O sorriso da tua alva alma
O pulsar das tuas quentes veias
Os versos d’um belo poema.

Sinta-me sendo...
O teu tudo o teu nada
A tua tristeza... A tua alegria
A tua euforia... A tua calma.

Sinta-me sendo...
O teu mais feliz despertar
O teu merecido adormecer
O teu terno e eterno amar!



domingo, 27 de fevereiro de 2011

SE UM DIA QUISERES…



Eu queria esse teu silêncio entender
E os teus versos, de tantos segredos
Ver ruindo - as muralhas do medo...
Pra que pudesses teus sonhos viver.

Notar que uma manhã te traz sorriso
Que águas levam de ti toda amargura
Que tuas mãos criam poesia-escultura
De alvas nuvens - de sonhos e de risos.

Eu queria que a minha porta abrisses
Com a senha que a deixou envelhecida
Qu’entre teus pertences fora esquecida
Seguindo assim, tua vida em mesmice.

Queria viver na certeza, de que me quer
Não essa incerteza na sua poesia sentir
Queria que me amasse, sem nada omitir
Sem mais dúvidas, meu amor viesses ter.

Queria esse amor em toda sua verdade
Pra não ser mais sonho, que um só vivi
Que ouvisses meu coração bater por ti
Ansiando, que a poesia seja realidade.

Se um dia me quiseres, estarei aqui
Dei-te a chave - um dia a recebera…
Para abrir a porta e findar a espera
Use a senha que dei em resposta a ti.



APRENDENDO



Quem feliz, me vendo

Pensa que te esqueci

Estou só aprendendo

A só viver só - sem ti!


ETERNO



Um instante pode ser eterno

Se na eternidade d’alma

For ele inscrito...


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O QUE TU QUERES?



Dizei-me que tu tens a ofereceres;
Ouro - diamante - prata - marfim?
De ti, eu quero tua poesia em mim
Versos d’ouro de finíssimos olores.

O que tu queres que eu te conceda
Dos teus sonhos, os mil prazeres?
Dar-te-ei a alma em tom d’amores
Meu corpo livre em azuis veredas.

O que tu esperas ter deste amor
A beleza da terra - a paz do céu?
Unimo-nos as almas num só véu
E corpos numa centelha em alvor.

E o que tu quereres terás em mim
Realizar-te-ei desejos e quimeras...
Ser-me-á essência de todas as eras
Único em amor nos versos sem fim.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DELICADO SACHÊ



No paraíso - entre as flores

Revestida por fino sachê

A saudade de você!


EM SECRETO SILÊNCIO


Nada mais tinha a ser dito
Falava a ternura do olhar
E aquela rosa de cor rubra
Inebriava bem mais o luar.

Uma melodia vinda d’alma
Tinha nas notas o encanto
O céu a despontar estrelas
Fiava suas luzes em manto.

Coração outrora esquecido
Sorria abrindo-lhe o portal
No umbral - escrito paraíso
Nas mãos templo angelical.

À noite a se despedir nua
Deixava renascido o amor
Em voz - de secreto silêncio
Entrega o amanhã em alvor.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

IN NATURA



Interagir com o inesperado

Integrar-se de corpo e alma

À perfeição da natureza...



O VERDADEIRO AMOR


O verdadeiro amor
Não nasce primavera
Morrendo noutra estação
Ele é uma semente viva
Dia e noite crescente
Presente no coração.

Ele é a força na fraqueza
É chuva em tempo de seca
É sol vívido após temporal.
O amor verdadeiro
É-nos luz nas noites escuras
É do silêncio o som visceral.

Não se perde em labirintos
Não preenche espaço vazio
Com ilusão de paixão fugaz.
É a alma por águas serenas
É num mar revolto e bravio
Abrigo seguro - porto de paz.


EM RECONSTRUÇÃO



Juntando meus pedaços

Reconstruo-me inteira

Inteiramente em amor.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

REPENTE D’INOCÊNCIA



Essa chuva chegando num repente
Batendo com bravura minha janela
Destrancou da saudade - a tramela
Expôs-me ingênua à suas torrentes.

Duendes acordando minha infância
Fantasmas rindo dos meus medos...
Uma varinha de condão entre dedos
Despertou minha fada d'inocência.

Essa chuva escorreu lembranças...
Não tanto atroz - num quase ontem
Deixando que cenas mudas contem
E relembre-me meu tempo criança.

E antes que toda essa chuva cesse
Fechando outra vez a minha janela
Desejo que minh’alma através dela
Molhada dance e livre se expresse.


O LADO MENINA


A vida me ensina

A ser mulher forte

Mas meu lado menina

É quem me dá suporte.



CORPO



Esta pele alva
Que recobre a alma
Que sonha sem calma
Que transpira desejos
A espera de um verso
Transformado em beijo...

Estes caminhos
De destemidas curvas
De fendas e relevos
De tons diferenciados
De escondidas poesias
Que guarda segredos...

Estes poros
Úmidos e perfumados
Que demonstra a falta
Que se expõe ao toque
Que suando nuances
Todo o prazer evoca...

Este corpo
Quer outro corpo
Num infinito êxtase
Em plenitude de amor
E não em fugaz paixão
Somente seu breve gozo.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

AO BEIJO DO SOL


A rosa, pelo orvalho, adormecida
Aguarda o Sol que lhe trará o lume
Na noite deixa a saudade esquecida
Para amanhecer com doce perfume.

Ao beijo do Sol morre os queixumes
Suas pétalas exaltam a beleza da vida
No aveludado carmim sua cor assume
Para ser pelos raios do amor - colhida.



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

ENTRE UM VERSO E OUTRO


Há muito mais
Entre um verso e outro
Do que tu possas imaginar.
Há cristais de finos sais
Aromatizando todo o sonho
Que me levas a sonhar.

Há um mistério
Rondando toda a poesia
Que eu receio em mostrar.
Há um breve terno silêncio
E paixão em fantasias
Te tomando para amar.

Há bem querer
No meu mais mudo canto
Em noites que não há luar.
Há um renascer
De alma - envolta por manto
Num amanhecer em teu olhar.


EXUBERANTE



Nas águas - uma VITÓRIA

Em exuberante visão

Flutuando singela - RÉGIA!


sábado, 12 de fevereiro de 2011

VERSANDO SONHOS...



Como se menina fosse

Que crê em conto de fadas

E no amor - na fantasia

Duma terra encantada...

Cavalgo palavras e paisagens

Construo reinos e estradas

Sem data e hora marcada

Dou vida aos personagens.

E embrenhando-me nas letras

Em cama de noite estrelada

Verso-lhe
sonhos - acordada

Nino solidão à voz do silêncio

Deito criança em seus braços

Adormeço mulher - apaixonada!





quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

INESQUECÍVEIS MOMENTOS...

Rodrigo (com uma semana) se despedindo da maternidade.


Alguns momentos

São indizíveis...

No coração e na alma

Ficam tatuados...

Como saudade

Perpetuados...

Na memória do tempo

Inesquecíveis...





Eu e o Rodrigo (com 3 meses), em um dos nossos animados papos pela manhã.





quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

ASSIM... RETORNEI


Esvaziei-me de mim
Para trazê-las todas juntas
Qual a leveza das dobraduras.

E foi à sombra dos Kanji
Que mirei todo o despertar do sol
Para retratá-los da forma que os vi.

E eu me desfiz, a cada vento
Feito origami inerente ao tenso gelo
Só pra ouvir das montanhas seus apelos.

Subi as escadarias dos templos
Descalça, em vestes na maciez da seda
Pra erguer os meus olhos aos exemplos.

E tocou os meus lábios a neve fria
Assim, como minhas mãos tocaram flores
Que naquela rara redoma nasceram tardias.

Ah! Palavras, jamais se igualarão a emoção
Que eu pude vivenciar na extensão desses dias
Nem tão alvas, serão elas quanto, aquele chão.

Não serão elas perfumadas e aveludadas
Tanto quanto, aquelas flores em frágil botão
Que no meu templo d’alma se fazem oração.

Nem surgirão tão inocentes e verdadeiras
Quanto dadas em meu colo, pelo anjo amado
Através de seus olhares e sorrisos enfileirados.

Receio no retorno ter-me escapado poesias...
Talvez por tê-las vivido, as perdi no firmamento
Ao morrer versos-noite pra renascer versos-dia...

A vida me proporcionou emoções ainda a decifrar
Presenteou-me, com a essência mais pura do amor
Fez-se no todo de mim poema vivo em verbo amar.