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domingo, 15 de agosto de 2010

DESÍGNIOS


Foram tantos os desvios
Encontros e desencontros
Em deslizes e insensatez
O destino apontando
E me aprontando
Outra vez.

Frasco aparente diferente
Produto interno tão igual
Odorífera bem marcante
Duma fugaz duração
Ilusão demarcada
Frágil fusão.

De tudo minha essência
Desmedida e incoerente
Querer ver sem descrer
De algo ainda mudar
E abortando os dias
Sentir - viver!

Existem portas de saídas
Janelas com belas vistas
Levantar cortinas ou não
Sentir-se a cada senão
Chegar ter que partir
Haja coração!

Perpendicular ou enviesado
Destoado, junto, separado
Sinais não compreendidos
Ser ou não ser é razão?
Escolha bem definida
Malas prontas vão.

Nas mãos essa bagagem
E num alto e grande vôo
O olhar numa só direção
Retorno? Em hesitação
Como certa a certeza
De nova missão.


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