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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ATÉ A VOLTA...


Por um tempo indeterminado
Este cantinho não receberá postagens...

Vou voar pra um lugar distante
Matar uma grande saudade
Recordar anos passados felizes
Vividos no Japão - País maravilhoso.

E mais ainda, matar a saudade
Do meu filho, da minha nora
E também de amigos...

Um vôo intensamente feliz
Uma chegada ansiosa minha
E dos que me aguardam
Do outro lado do mundo.

Lá ficarei à espera da chegada
Do meu primeiro netinho (Rodrigo).

Sendo assim...

Por alguns meses estarei ausente
Deste meu mundo querido e tão amado
Cantinho onde vivo o meu outro lado
Feito de sonhos, amor e fantasias.

Se Deus me permitir – voltarei
Pra dar continuidade a minha poesia
Essa amiga inseparável que de encantos
Faz sempre minhas noites e dias.

Na minha bagagem levo todos vocês
Envoltos em carinho e saudade.


Que Deus esteja presente em cada um
Protegendo-os e abençoando-os.

Até a minha volta...



sábado, 28 de agosto de 2010

DESPEDIDA



Em silêncio de despedida

Ressoam as sentidas lágrimas

A voz da saudade antecedida.



INFINITIVO AMAR



Aonde quer

Que eu vá...

Levar-te-ei comigo

E todo meu amor

Deixar-te-ei contigo...


EU VOU...


Eu vou...
Como sopro de vento
Calando versos
Me dando ao silêncio...

Eu vou...
Carregando a saudade
Deixando - quem sabe...
Um pouquinho a alguém.

Eu vou...
Pensando em voltar
Se o senhor - tempo
Assim quiser e deixar...

Eu vou...
Hoje! Levando o ontem
Esperando no amanhã
Te encontrar...


TE AMO!


Se quiseres...

Poderei negar

A ti e ao mundo

Que eu te amo!

Mas saiba

Meu amor...

Que não haverá

Como isso negar

O meu coração...


NUM AMANHÃ TALVEZ...


Amanhã talvez...

A vida me sorria
O amor seja poesia
E esqueça a saudade
Que por infelicidade
Me visita todo o dia
E a noite faz sombria.

Amanhã talvez...

Eu cante um canto
Apenas de encanto
Em braços de melodia
Num corpo em sintonia
E seja o amor, o manto
Sem sombras e pranto.

Amanhã talvez...

Toda minha poesia
Não venha ser vadia
E eu te tenha em mim
Não só em sonho assim
Que meu verso asfixia
Sem bela coreografia.

Amanhã talvez...

Eu te possa olhar
E o teu corpo amar
E na face só de alegria
Que paixão prenuncia
Em você me esparramar
E no teu peito me abrigar.

Num amanhã talvez...


CERTEZAS DE AMOR


Tenho a certeza
Que te tenho entre os dedos
Enroscado em meus cabelos
Colado sempre ao meu corpo
Arrepiando todos teus pelos.
E na doçura dos meus beijos
Preso firme em meus braços
Entregue aos meus desejos.

Tenhas a certeza
Que me tens sempre inteira
Sempre bela e a noite faceira
Livremente aos teus prazeres.
Sempre apaixonada e sonhadora
Das carícias dando-te os sabores
Nos meus braços, todo o acalento
Tendo o meu amor por inteiro.

Assim, nessa certeza
Que esse amor é duradouro
Qual uma rosa-dos-ventos
Que em meio à tempestade
Girará a favor dos ventos...
Que faça frio ou faça sol
Que seja dia ou escuridão
Não nos importará a estação
Teremos a força desse amor
E todo o fogo dessa paixão.

Tendo amor como certeza
Teremos um rio calmo e sereno
Céu sempre pontilhado d’estrelas.
Seremos a chama da vela à mesa
O perfume suave de jasmim ao ar
O som d’ondas quedando ao mar.
Seremos toda espera e toda entrega
E nas certezas das palavras...
Eu serei poesia e tu serás verso
Conjugando todo o verbo amar.


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

PROPONHO-TE...


Eu te proponho...

Nós dois sempre juntos estarmos
Preenchendo os espaços com vida
Sermos a volta de cada despedida
E vivermos toda a poesia nascida.

E te proponho...

Darmos ao outro, eterna guarida
Ao reencontro dos sonhos irmos
Em versos amadurecidos fluirmos
E na amplitude do amor seguirmos.


NO AZUL DE CÉU E MAR


É lá, no horizonte bem distante
Onde o céu se junta com o mar
Que meus olhos vão te procurar
Na saudade dum verso errante.

Não queria olhares me seguindo
Eu queria o teu aqui me sentindo
Aquele teu olhar de desejo infindo
Por inteiro de prazer me cobrindo.

A areia os meus pés não tocariam
E sim, os teus pés junto aos meus
Trazendo puro êxtase, que ao céu
Em encanto, nós dois elevariam...

Meu corpo não seria o frio vento
Que por ele, estaria percorrendo
Seriam as tuas mãos absorvendo
Os orgasmos de cada movimento.

Ah! Quanto é imensa a tua falta
Quanto vazio está dentro de mim
Parece que o tempo não dará fim
A essa voz saudade que grita alta.

E é na troca do sol com a lua...
Que a noite turva o meu horizonte
Que a saudade é lágrima na fronte
E o verso frio em mim se insinua...

É então... Que no azul de céu e mar
Eu busco a mais perfeita das poesias
Pra quando distante nas noites e dias
Sintas a intensidade do meu te amar.


POR INTEIRO



Desnuda-me dos pudores

Cubra-me de teus desejos

Em mim aloje teus prazeres.



ENFIM SÓS...


Nos olhares longos - profundos
As almas exploram outro mundo
Em silêncio terno, toques mudos.
Os lábios se unem em beijos-mel
As línguas vão d'encontro ao céu.

Corpos... Peles... Fim de espera
A paixão escorre - o suor libera.
Mãos interagindo nesse prazer...
Avivam vozes - que num ato final
Gemem todo um êxtase virginal...

Momento único... Do amor em nós
Distante de tudo nos foi, enfim sós!
As sobras, dessa inesquecível noite
Ainda perfumam todos nossos dias
Unindo-nos num encanto de poesia.


ABRIGO



Assim tão assim...

Abrigado e terno

Nos prazeres de mim.




ECLIPSE DE AMOR


A lua e o sol ficam em grande espera
Do mágico instante que se encontram
São minutos de êxtase, aqui na Terra
Enquanto anjos no céu, hinos entoam.

Como eclipse de amor, aqui na Terra
Somos nós dois em uma longa espera
De por instantes sermos um somente
O amor e a paixão em celeste esfera.

Os corpos celestes no céu se juntam
Num espetáculo belo, eles se unem.
Os nossos corpos em eclipse de amor
Aqui na Terra, em paixão se fundem.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

QUEM SABE AMANHÃ...


Tudo bem! Sê tem que ser assim
Então que assim seja esta fria noite
Sem a tua voz em amor nesse afim
Quebrando silêncios dentro de mim.

Sem as bocas beijadas
Com ardente paixão...

Sem as almas unidas
Em mesmo tom e emoção...

Sem os corpos se amando
Imersos em lavas de vulcão...

Sem o êxtase do gozo
Sentindo céu - todo o chão...

Sem os olhos serenos
Cruzando-se em contemplação...

Sem a plenitude
Recostada no peito - sem ação...

Tudo bem... Aceito mais uma noite assim
Sem o teu corpo trazendo prazeres a mim
Sem essa paixão desarrumando tudo aqui
Sem desejos realizados num leito carmim.


INVEJA



A inveja

É o buraco negro

Onde se esconde

O menor ser humano.


DESCONCERTO


O que é certo se perde
Neste mundo conturbado
Onde
O errado se torna certo...
Os valores são roubados...
E os papéis se invertem.

Se eu pudesse
Deste mundo pulava fora
Moraria em outro lugar.

Quem sabe...
Numa cratera da lua
Num raio do astro sol
Ou quem sabe em marte
Numa tranqüila e solitária rua.

Se tudo que é certo se perde
O que dirá de nós - frágil ser?

Só mesmo - se atracados
Ao amor e a sua verdade
Poderemos a tudo de ruim
Sobreviver...


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PECAR POR AMAR


Se fosse pecado
Te amar assim...

Eu morreria
Uma pecadora

Sabedora que sei
De te amar

Tanto...
Tanto...


SABER-TE


Tomo-te nas mãos do meu saber
Saber-te meu, nos sonhos assim
Nos lúdicos poemas tão em mim
Sentindo tua pele na minha arder.

Tenho-te a cada novo alvorecer
Desenhado sol no meu horizonte
E na linha azul, detrás do monte
Contigo é meu terno adormecer.

Amo-te por amar num bel prazer
Mesmo quando a vida me tolhe...
Teu corpo, a tua alma me recolhe
Num saber d’amor nos pertencer.


NÓS



Esse fio de luz entre nós

Liga-nos de corpo e alma

Poesia e verso nunca sós.



EM LENCÓIS DE SAUDADE


Deitei o corpo em lençóis-saudade
Em fronhas riscadas pelas vontades
A face triste umedecida de lágrimas.
Esquartejei minhas noites sem rimas
Retalhei todo sentir em ambigüidade
Poética - sem uma nítida identidade.

Longínquos iam meus pensamentos
Ansiando ver meu verso em advento
Orvalhar com sorrisos o meu pranto
Dando as rugas do tempo o espanto
Dum amor em total desprendimento
Nos braços de terno contentamento.

Em noites que do amor me senti senhora
Eu deitei esse meu sonho em voz canora
Debruçando os meus silêncios na sacada
D’alma, cerzi aquelas fronhas inspiradas
Em lençóis-saudade dei-te minhas horas
Esperando nossas belas noites doutrora.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

CAMINHOS



O meu e o teu caminho

Nem sempre são retos

Mas se encontram juntos.



NA PAZ DUM AMOR


Esse amor tão especial
Que minh’alma alimenta
A minha vida ele sustenta
De forma pura e natural.

Ele é o meu poema de paz
Tendo sua guarida no céu
No branco e azul dum véu
Que ao meu coração apraz.

E é na areia - aos pés do mar
Que deixo numa rosa o enredo
Desse amor e os seus segredos
Símbolo eterno do meu te amar.


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

REINVENTE A PAIXÃO


Teu corpo chegando à noite
A tua alma tomando a minha
Em mágicas linhas - pernoite
A sedução que me desalinha.

Faça-me sentir os teus toques
Todo o meu corpo - provoque
Deslize ardentes as tuas mãos
Arrepiando-me prazer evoque.

Represe-me nos teus versos
Reinvente-me em poesia nua
Delire nos meus vales lúdicos
Marque-me com a paixão tua.


AH! AMOR...


Ah! Lua...
Tu que trazes encantos fazendo poeta sonhar
Que tens nas fendas das tuas sombras, magia
Que clareias as profundezas até a orla do mar
Revele-nos os mistérios da tua poesia anelar.

Ah... Noite!
Que comigo conspiras, os segredos do amor...
Que traz tão menino, o homem do meu amar...
Fazendo-me mulher de corpo-verso abrasador
Adormeças e logo retorne, com o meu senhor.


PÁGINAS AO VENTO


Ah! Se eu pudesse
Do livro da minha vida
Riscar algumas páginas
Páginas essas, marcadas
Por dias e por noites
De dor e tantas lágrimas...

Ah! Se eu pudesse
Arrancá-las, destruí-las
Dar elas, ao senhor vento
Pra não serem mais lidas
E assim, serem esquecidas.

Tomariam então lugar...
Só páginas embevecidas
Sem vestígios de lamento
Sem as sombras sofridas
Seriam leves todas as linhas
Se só de amor, guarnecidas.


AMOR ABRIGO


Se por um lado...

A vida insiste em trazer

Momentos de pranto e dor

Por outro lado...

Encontro o teu carinho

Amparando o meu dissabor

Ajudando-me a transformar

Tristes e sonsos versos

Em versos plenos de magia

Repletos do mais puro amor.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

NÃO TEMO!


Não temo!
As injúrias que me lançam
As juras que não cumprem
A injustiça que a vida me traz
Porque tenho comigo a paz
E do verdadeiro amor, o bem
Mesmo que o mal me façam.

Não temo!
A que nos é certa - a morte
Nem a que ela antecede - a dor
Pois o corpo é só frágil matéria.
Temo a dor que corre nas artérias
E faz sofrer o coração por amor
Deixando dois caminhos à sorte.

Não temo!
A vida - mas eu temo o homem!
Por ele, o bem e o mau carregar
E assim sendo, se tornar um enigma.
Não temo minha estrada se lá encima
Tenho sempre Deus a me cuidar…
E tudo que Ele vier a me dar, direi:

Amém!

IN MEMORIAM


Nada pode ser tão letal

Quanto o veneno do desprezo

Quando servido em copo de cristal

Sem cor e sem algum sabor

Destrói com sua indiferença...

Borbulhante incolor - visceral

Na boca vai o doce amargando

Garganta abaixo escorrendo

Envenenando pouco a pouco

A enganada alma.

E diluindo o que lhe foi bom licor

O fel dado à sombra do silêncio

Deixa gosto desgosto ao dissabor...

Partindo em dois a taça do amor

Afoga esperanças e alegrias

Nas lágrimas de sal em sangria.

E o amor...

Esse que longe passa de ser eterno

Morre sem socorro e piedade

Nas chamas dum solitário inferno.

UM BEIJO e UM SORRISO


E te senti...
No frescor duma suave brisa matinal
Aveludada pétala tocando-me a face
Deixando um sabor mel em meus lábios.

E te retribuí...
No rubor desse sol passando por aqui
Numa estrada perto, que teu sorriso eu vi
Deixando-te meu beijo ao sopro do vento.

E assim foi...
O passar de um instante num relance
Nossa presença certa, como presente
O meu e teu mundo, bem mais próximos!


FIM DE TARDE...


É uma tarde vazia
Com cheiro de saudade
Guarda a essência de ontem
Do amor em liberdade.

Tarde igual a tantas outras
Eu sem você, só a espera
Com o aroma de querer...
Ter você, quem me dera!

Mais um fim de tarde
O sol já se escondeu
A lua voltará ao céu
Estrelas farão alarde...

Se à noite você chega...
A saudade se despede
O teu corpo o meu perfuma
E a tua boca a minha pede.


COMIGO A SONHAR


No teu corpo passeio
De olhos fechados
Por todo ele tateio
Buscando o desejo.
Teu corpo em anseio
Entrega-se ao meu beijo.

No teu olhar me aprofundo
Buscando o teu amar
No meu olhar te confundo
Deixando-te se entregar
Tirando-te deste mundo
Comigo te levo a sonhar.

No ir e voltar do teu corpo
Meu corpo te acompanhará
No ir e retornar de cada noite
Meu amor aqui te esperará
No ir e vir da minha saudade
Só a tua presença a matará.

domingo, 15 de agosto de 2010

DESÍGNIOS


Foram tantos os desvios
Encontros e desencontros
Em deslizes e insensatez
O destino apontando
E me aprontando
Outra vez.

Frasco aparente diferente
Produto interno tão igual
Odorífera bem marcante
Duma fugaz duração
Ilusão demarcada
Frágil fusão.

De tudo minha essência
Desmedida e incoerente
Querer ver sem descrer
De algo ainda mudar
E abortando os dias
Sentir - viver!

Existem portas de saídas
Janelas com belas vistas
Levantar cortinas ou não
Sentir-se a cada senão
Chegar ter que partir
Haja coração!

Perpendicular ou enviesado
Destoado, junto, separado
Sinais não compreendidos
Ser ou não ser é razão?
Escolha bem definida
Malas prontas vão.

Nas mãos essa bagagem
E num alto e grande vôo
O olhar numa só direção
Retorno? Em hesitação
Como certa a certeza
De nova missão.


sábado, 14 de agosto de 2010

SONHAR



Por favor! Não me desperte

Preciso mais sonhar

Pra que a poesia se complete...



NO MANTO DA NOITE


É no manto da noite

Que as estrelas faíscam

Às almas vagantes - amantes

O doce delírio das ilusões

O calor intenso das paixões.

E o flash da chegada do dia

Atravessa os vãos da janela

Despertando mais um sonho...

Mas essa inebriante essência

Permanece rubra e marcante

Nas veias urgentes do poeta

Que a goteja em sua poesia.


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SEDUÇÃO



O meu ventre aguarda

A lapidação da tua sedução

Nuas pedras na arte das tuas mãos.


UMA PONTE DE DESEJOS


Em rubor está a minha face
Minha boca pede logo a tua
Quero a minha pele toda nua
Pra que teu corpo me enlace.

Esse desejo ora me inquieta
Sem sono conto essas horas
Aqui, eu não te tenho agora
A minh’alma não se aquieta.

Versos constroem uma ponte
Que bem junto a ti me levará
A poesia então nos confortará
Pra que a saudade se desmonte.

Mas pergunto neste momento
Como posso ficar de ti distante
Sem ter aqui teu corpo amante
Sem ter da tua alma, acalento?

Faz-me tanta falta, meu amado
Poucas horas dias me parecem
Lentas as horas não me cedem
O relógio do tempo não é aliado.

Só mesmo quando aqui chegas
Com o doce sorriso de menino
Do mundo, eu perco sim, o tino
Querendo te percorrer às cegas.

Porque do teu corpo eu preciso
Sem tua alma não mais sei viver
O meu corpo quer no teu ferver
Num prazer cheio de improvisos.


LONGITUDE



Chegue mais junto

Seja presença na ausência

No coração de quem ama.

Ser indiferente e ausente

Enfraquece e adormece

O amor...


DISTÂNCIA


Uma distância pode ser ela medida
De um lugar a outro em quilômetros
Ou entre duas almas e dois corpos...
Entre dois corações ou entre palavras.

Mesmo tendo alguém junto ao lado
Dele podemos sentir grande distância
Em gestos frios demonstra indiferença
São dois olhares que não se encontram.

Podendo ter-se perto e senti-lo longe
Nos passos dados todo um desencontro...
Um caminhar lado a lado com ninguém
Pois não sente a presença real de alguém.

Distância pode ser o perto distante...
O distante bem junto... O junto sozinho...
O amor num vácuo, um espaço tão vazio
Pode ser o intenso amar de um Ser só.


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

DELEITE



Cega de amor

Quero tatear teu corpo

Sentir da tua seiva o sabor.


IGUARIAS DE AMOR


Meu corpo no teu
Minha boca na tua
Almas unas, nuas...
Em viagem ao céu.

Molhados sabores
Iguarias de amor
Requintado licor
Exalando odores.

As mãos interagem
As lascívias entregas
Pincelando às cegas
Do gozo, a imagem.

Espasmos tatuando
Alma e alma serenas
Silêncio d’uma cena
De amor abraçando.


PRIMAVERAL



Cores... Aromas... Flores...

É a primavera me vestindo

E eu me despindo pra você!



EM MESMO VERSO...


Vem! E me abrace fortemente
Toque a minha alma levemente
Eu quero sentir a paz das alturas
Sentindo distante - as amarguras
Ter a tua mão bem junto a minha
No mesmo verso na mesma linha.

Vem! Se não hoje em um amanhã;
Pra esse amor tempo é medida vã!
Ele vive nas quimeras sem horas...
Em um futuro - presente no agora
Alimenta-se das promessas de luas
Dos fios de sóis riscando as ruas...

Vem..!
Esse sonho por inteiro me possui
E para ser completo precisa de ti.


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ASAS DE AMOR



Ainda não sei se as suas asas

São de pássaro ou são de anjo

Eu sei que bem alto quero nelas voar.


NÓS em SONHO de AMOR


E você voltou...
Assim... Como a lua sempre volta
E as ondas do mar a areia retornam.

Abriu os braços...
Deu-me um abraço longo e envolvente
Enlaçando em um abrigo como poucos.

Em seu rosto...
Todo o encanto dum sorriso generoso
Um semblante sereno de ares amoroso.

E toda saudade...
Desfez-se nas tantas e tantas palavras
Intercaladas com olhares de felicidade.

E nos lábios...
Aqueles beijos retesados e não dados
Saboreando os instantes bem guardados.

Nos corpos...
A libido aflorada arrepiando peles coladas
A paixão tomando-nos com intensidade...

Nas mãos...
A entrega do amor passeando com todo ardor
Pelos caminhos livres desnudos em despudor.

E você voltou...
Pela mesma estrada em que esse sonho eu vi sumir
Retornando tudo o que dentro de nós nunca partiu.




RENOVANDO O PASSADO...


E assim o tempo passado retorna
Quando menos se espera, entorna
Lágrimas que estavam estancadas
Dores amanhecidas e envelhecidas.

Como se um vento batesse de frente
Mostrando frágil o escudo aparente
Derrubando, deixando desprotegido
O que se pensava estar já esquecido.

Esse arquivo morto então é remexido
Sem que se queira, ele volta dolorido
Entristece a alma por um tempo breve
Gela o coração recoberto de sua neve.

Mas tudo passa – tudo logo se renova
Voltam todas as cenas de belas trovas
Dum tempo inocente e tão apaixonado
Em que ferviam os versos ao amado...

Junto às tristezas vêem tantas alegrias
De momentos eternizados nas poesias
De sorrisos sinceros - de alma elevada
De corpo arrepiado em paixão cravada.

Nada é por acaso - nada é sem razão
E a alma e o coração vivem a emoção
De alternando o presente e o passado
Viver cada dia, num ir e vir, renovado.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

O TEMPO CERTO



Tudo tem seu tempo certo

O tempo de virar uma página

Depende da determinação

Em se querer muito

Recomeçar...



TÃO ASSIM...



Gélido e tão cortante

Passando desconcertante

Congelando o meu Eu assim...



segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ESTRANHO VAZIO...


Estranho eu me sentir assim

Como uma sombra de mim

Se eu me vejo não me sinto

Não sentindo mais tocar em ti.

Passo ao largo - bem ao longe...

Tão longe que me sinto um vulto

Como tantos outros passantes

Negro - sem nome e sem rosto

Apenas olhando sem me ver

Apenas imaginando teus olhos.

Uma sombra do que eu fui

Do que achei que fui dentro de ti

Do que foste no inteiro de mim

Do que escrevi sentindo ser - nós!

Um vazio atualmente presente

Daquelas imagens flutuantes atuantes

Que me fazem ser hoje tão ausente.

Uma sombra sem querer te seguir

Mas que sorrateira te segue

E te guarda no lado alvo da alma

Um amor que eu vejo querer partir

E prendo-o tão intenso dentro de mim

Mesmo sem entender o do por quê...

Restando (teimar em não) aceitar

Que o destino assim o quis...?

De não mais reconstruir o que partiu

De esquecer o que era construído

Com tanto amor, paixão e sonhos

E o tempo... Ah! O tempo...

Simplesmente ruiu...