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terça-feira, 3 de agosto de 2010

DESCARTÁVEL


Que mundo é esse que vivemos?
Acho que daqui não faço parte
Nem tão pouco essa minha arte.
Sem amor - que futuro teremos?

Parecemos modelo de vitrine
Todos tão iguais na embalagem
Corpos seminus, triste imagem
Nada que à alma valores ensine.

Objetos pela mídia manipulados
Frios robôs pelas ruas caminhantes
Prazer carnal, descartáveis amantes
Almas vazias à sombra do pecado.

Ganância, poderio, libertinagem
O apocalipse voraz a cada passo
Revelando nos rostos - os traços
Gravando nos olhares - miragem.

Da poesia eu saio e desço ao chão
E vejo solidão, egoísmo e desamor...
Como escrever belos versos de amor
Sê até ele me abandonou sem razão?

Ah! Meu Deus... Que mundo cão!
Onde está o verso que não frustre
Que não me desilude, mas me nutre
Dando-me a pureza da inspiração?

Tenho vontade dessa porta fechar
Isolando-me, pra continuar a crer
Dê quê, exista um lindo alvorecer
Pros versos de amor desabrochar.


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