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segunda-feira, 15 de março de 2010

EM AMARELADA FOLHA


Se acaso vier a sentir solidão
Lembre que nela você me largou;
Deu as costas, pra trás não olhou
Deixando um rastro de desilusão.

Esquecido, o tempo de cúmplices
Tudo o que foi vivido se evaporou
Todo amor que te dei, desprezou
Juras feitas perderam a crendice.

Tua partida, com pranto lamentei
Só, eu me silenciei pela estrada;
Deixei minhas poesias arquivadas
Memórias d'um amor que dediquei.

Hoje, não mais me dói o coração
As lágrimas derramadas secaram
Meus versos novo rumo tomaram
Minha alma achou paz na oração.

E de cada palmo daquela estrada
Onde a beira dela, me abandonou
O vento, toda dor do chão soprou
E o céu se abriu em bela alvorada.

Adeus, em amarelada folha escrevi
Virando a página, pra não mais ler.
Eu demorei, naquele teu adeus crer
Porque nem dos teus lábios eu ouvi.


Um comentário:

Agradecida por sua gentil visita.