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terça-feira, 16 de março de 2010

AH! EU SINTO...


Eu sinto...
Que a cada poesia escrita
Mais perto chego da última.

Ela - que tão naturalmente
Atravessava a linha imaginária
Da minha alma sonhadora e alada
E se estendia por todo meu corpo
Agitava minhas veias com sedução
Fervia na fascinação de um êxtase
Regia melodias na sua pulsação...
Nascia como um imenso grito
Que tivera há tempos guardado
Rompendo da voz - o silêncio...

Ah! Eu sinto...
Que agora é outro tempo
Tempo em que o amor
Se esconde dos versos
Que a dor o mantém cativo
Não o deixando liberto.

Ah! Eu sinto...
Com pesar todo o peso
Desse gelo em minha alma
Deixando em inércia meu corpo
Vendo tudo morrer pouco a pouco.
Não restando mais nada
A ser no meu hoje escrito
Por tudo que senti e vivi - ter dito!

Ah! Eu sinto...
Que pelo vazio serei aprisionada
E me alimentarei das sobras do ontem
Das loucas fantasias tão bem exploradas
Dos meus sonhos que pareciam infindos.


Ah! Eu sinto...
Que estou bem próxima desse fim
Pois o amor - naufraga e me afoga
E o seu avesso será dor e o começo
Dum verso óbito na poesia de mim.


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