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terça-feira, 6 de março de 2012

ESPERA SEM SENTIDO...




Esperou...

Os sinos badalarem
No calvário do seu só peito

Os rios transbordarem
Em paixão seus veios vermelhos

O céu em sinais perfeitos
Em áurea boreal sublimar o seu leito

O mar salientar aquela voz
Levar em magnetismo a alma sem abrigo

O sopro suave materializar
O corpo dos seus sonhos mais antigos

O vôo em amparo de asas
Quando trepidante fosse o destino a rumar.


Esperou...

O que lhe parecia ter sentido
O abstrato dum amor em concreto a ser vivido

A chave única que viesse a libertar
Toda a musicalidade do seu solitário coração

E o intrépido amor das entranhas
Não ser perdido nas sombras dum mal qualquer

Mas o tempo nas sobras das memórias
Subjugador das lembranças de todas as suas horas

Mapeava-lhe o sentido da solidão
Rabiscava-lhe o acaso do seu caso sem solução

Trancando em baú de flores empoeiradas
Sua espera de amor legado pelo tempo lhe negado.





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