Esperou...
Os sinos badalarem
No calvário do seu só peito
Os rios transbordarem
Em paixão seus veios vermelhos
O céu em sinais perfeitos
Em áurea boreal sublimar o seu leito
O mar salientar aquela voz
Levar em magnetismo a alma sem abrigo
O sopro suave materializar
O corpo dos seus sonhos mais antigos
O vôo em amparo de asas
Quando trepidante fosse o destino a rumar.
Esperou...
O que lhe parecia ter sentido
O abstrato dum amor em concreto a ser vivido
A chave única que viesse a libertar
Toda a musicalidade do seu solitário coração
E o intrépido amor das entranhas
Não ser perdido nas sombras dum mal qualquer
Mas o tempo nas sobras das memórias
Subjugador das lembranças de todas as suas horas
Mapeava-lhe o sentido da solidão
Rabiscava-lhe o acaso do seu caso sem solução
Trancando em baú de flores empoeiradas
Sua espera de amor legado pelo tempo lhe negado.
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