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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

ASSIM... RETORNEI


Esvaziei-me de mim
Para trazê-las todas juntas
Qual a leveza das dobraduras.

E foi à sombra dos Kanji
Que mirei todo o despertar do sol
Para retratá-los da forma que os vi.

E eu me desfiz, a cada vento
Feito origami inerente ao tenso gelo
Só pra ouvir das montanhas seus apelos.

Subi as escadarias dos templos
Descalça, em vestes na maciez da seda
Pra erguer os meus olhos aos exemplos.

E tocou os meus lábios a neve fria
Assim, como minhas mãos tocaram flores
Que naquela rara redoma nasceram tardias.

Ah! Palavras, jamais se igualarão a emoção
Que eu pude vivenciar na extensão desses dias
Nem tão alvas, serão elas quanto, aquele chão.

Não serão elas perfumadas e aveludadas
Tanto quanto, aquelas flores em frágil botão
Que no meu templo d’alma se fazem oração.

Nem surgirão tão inocentes e verdadeiras
Quanto dadas em meu colo, pelo anjo amado
Através de seus olhares e sorrisos enfileirados.

Receio no retorno ter-me escapado poesias...
Talvez por tê-las vivido, as perdi no firmamento
Ao morrer versos-noite pra renascer versos-dia...

A vida me proporcionou emoções ainda a decifrar
Presenteou-me, com a essência mais pura do amor
Fez-se no todo de mim poema vivo em verbo amar.

Um comentário:

  1. Que bom te ver e com essa poesia linda...Deves ter visto coisas lindas! beijos, bom retorno!chica

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Agradecida por sua gentil visita.