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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

REPENTE D’INOCÊNCIA



Essa chuva chegando num repente
Batendo com bravura minha janela
Destrancou da saudade - a tramela
Expôs-me ingênua à suas torrentes.

Duendes acordando minha infância
Fantasmas rindo dos meus medos...
Uma varinha de condão entre dedos
Despertou minha fada d'inocência.

Essa chuva escorreu lembranças...
Não tanto atroz - num quase ontem
Deixando que cenas mudas contem
E relembre-me meu tempo criança.

E antes que toda essa chuva cesse
Fechando outra vez a minha janela
Desejo que minh’alma através dela
Molhada dance e livre se expresse.


Um comentário:

  1. Lembro também dos seus escritos serem belos e carregados de sentimentos com uma "pitada" de nostalgia os quais eu muito me identifico.
    Muito lindo e marcante este encontro com a inocência a qual acredito talvez ainda existir dentro de nós. Parabéns por tão bela expressão!
    Uma linda noite!

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Agradecida por sua gentil visita.