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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

POBRE DAQUELE...


Pobre daquele que só sonha
E nessa ilusão dele caminha
Acordará sem quase encanto
Em dia de vida, triste e vazia.

Pobre daquele que não ama
Apenas deita com outro corpo
Buscando na noite - só o calor
Despertará mais só, sem amor.

Pobre daquele que amor teve
E no destino colocou a culpa
De o perder e ser um sofredor
Fará do tempo seu mar de dor.

Pobre daquele que não lutou
Para ter nas mãos seu futuro
Parando diante de seus muros
Será vulto, em mundo escuro.

Pobre daquele que quis só ter
Mas nunca lembrou de se doar
Furtivo tomava e não se dava
Colhendo o que não semeava.

Pobre daquele poeta viajante
Que do rumo certo se perdeu
Fez da sua alma poesia vazia
Errante amor em versos seus.

Pobre dela, que a tudo isso viu...
Com muito pesar, na noite partiu
Deixando numa flor seu perfume
E seu amor, que no tempo esvaiu.


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