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quarta-feira, 9 de março de 2011

POETA



Como desfazer d’olhar o medo
E a angustia de todo coração...
Se barbáries tem sido o enredo
E o amor perde força e razão?

O mundo as avessas tem andado
Espíritos caminham sem direção
Cruéis notícias nos têm assolado
Deixando a todos em desolação.

Como um poeta ainda consegue
Fazer azul onde reina escuridão?
Mas é assim que a poesia segue...
Com olhos d’alma em doce ilusão.

Duma lágrima um solo infértil rega
Brotando verde esperança das mãos
Poeta é sêmen à poesia que não nega
À vida e ao amor sua plena exaltação.



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