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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

USUFRUTO



Desculpem-me...

Mas eu não sou do tipo

Que só olha e se acomoda

Numa cadeira de balanço

Olhando por uma fresta

A janela do mundo em avanço

E a vida longe passando lá fora...

Eu não faço cerimônia

Nem me faço de rogada

Se a vida chama... Vou junto!

De soslaio olhar girar o mundo...

E sentada ver a vida só passar...

Não é minha praia nem meu mar

E já que ela se mostra e se diz minha

Eu a aceito e me faço inteira dela...

Usufruo e processo tudo que posso

 De todos seus preciosos segundos.


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