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quarta-feira, 8 de junho de 2011

QUIETUDE...



É preciso todo o silêncio
Dum azul intenso e imenso
Pra que minha poesia voe.
E entre as negras asas
Esvoacem plumas brancas
E contornando o corpo
A brisa suave que inspira.

E sem hora marcada
Deixo a poesia fluir...
Livre da redoma
É breve o seu partir...
E assim ela voa...
E mais voa...
Em paz e à toa.

E eriçando seu dorso
Plaina sobre águas
Dá-se em amor azul
Ganha o mundo
Mundo sem sombras
Só luzes e o silencioso
Íntimo - imaginário!

E me mostro vulnerável
Ao frágil que me toca
Sinto no laço afável
O tremular do corpo
No abraço desejoso
O elevar da alma
Sem interrupção de gozo
Em mundo meu... Mundo
De nascer - sonhos...

E o fim desse vôo...
É o sentir em plenitude
A inspiração no todo d’alma
É o observar no virgem papel
O cair das letras em quietude
É o sonho tomando espaços
E palavras formando versos
É a poesia pronta a se revelar
Indócil querendo se perpetuar
Num indissolúvel pouso.



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