Mas que mundo torto e mais louco
Uns esbanjam, tendo o maior tanto
Outros sobrevivem à fome e ao frio
Nada tendo ou tendo o tão pouco...
Nessas noites de intenso frio
Quando eu caminho pelas ruas
Meu olhar é por inteiro, poesia
Olhando no céu a imponente lua...
Mas o olhar retornando ao chão
Cala minha inspiração em gélida rua
Vendo almas de esperanças vazias
Corpos sobre alguns restos e trapos
Feições tristes - os olhos perdidos
Sem teto - sem sonhos - sem pão
Faz sangrar os versos do coração.
Ah! Mundo... Onde vive sua poesia?
Se os versos abraçassem o frio
Dos corpos que gemem e choram
Se eles trouxessem luz ao escuro
Pra almas, que desiludidas vagam
Eu cobriria todas as ruas de poesias
Pra que este mundo não lhes fosse
Tão vago - tão cruel - tão duro...
Ah! Mundo...
Por que negas a algumas vidas
O direito
De te ter e te sentir poesia?
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