Nada pode ser tão letal
Quanto o veneno do desprezo
Quando servido em copo de cristal
Sem cor e sem algum sabor
Destrói com sua indiferença...
Borbulhante incolor - visceral
Na boca vai o doce amargando
Garganta abaixo escorrendo
Envenenando pouco a pouco
A enganada alma.
E diluindo o que lhe foi bom licor
O fel dado à sombra do silêncio
Deixa gosto desgosto ao dissabor...
Partindo em dois a taça do amor
Afoga esperanças e alegrias
Nas lágrimas de sal em sangria.
E o amor...
Esse que longe passa de ser eterno
Morre sem socorro e piedade
Nas chamas dum solitário inferno.
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