Pelo sim... Pelo não...
Embriaguei-me das trevas
Com pés em vivos espinhos
E flores dispostas nas mãos.
Ceguei-me aos tantos olhares
Me perdi entre os compassos
De danças sem nós e laços
Passos entre ais e vãos.
Esbravejei dores ao infinito
Clamei por amor bendito
Soprei feridas doridas
Dum passado corroído
Que machucava o coração.
Derramei lágrimas de sangue
Acalmei toda a febre do corpo
Quando tão só e em dores
Implorava novos prazeres...
Fui forte quando vulnerável
Bebi mel ao me servirem fel
Deixei-me morrer em dor
E na esperança renasci.
E quando me perdi de mim
Foi só na fé e na poesia
Que eu me reencontrei...
Pelo sim... Pelo não...
Sentei-me menina na lua
Joguei poesias nas ruas
Deixei a alma mulher sonhar.
E tudo por me bastar sempre crer
Que a vida tem bem mais valor
Quando for ela vivida em amor.
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