Sou tudo o que podem ver
E o que ninguém pode tocar
Sou o sol tanto quanto a lua
E meus versos são meu mar.
Sou o sentimento que flutua
Nas entranhas dum outro ser
Nada que fira, nem desfigura
Só mais acrescenta ao viver.
Sirvo-me da essência da noite
Gole a gole, em taça de paixão
E o amor as bordas do infinito
Escorre-me com toda sedução.
Sou a poeira cósmica sem céu
Um ser em véus de incertezas
Na incessante busca de mais
Nos seios dessa mãe natureza.
Sou igual a um sopro de vento
Que muda seu rumo e a direção.
Sou uma poesia posta ao tempo
Em prêmio justo de consolação.
E sabendo existir um algo além
Desse horizonte que se impõe...
Eu dispo o meu ontem - no hoje
Descobrindo preciosas lições...
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