Eu parto não por vontade
Parto porque nada é eterno
Nem a estrada da felicidade
Nem os dias frios de inverno.
Tudo no tempo se esfumaça
Perde-se em luz no Universo
Tudo se vai pela suja vidraça
A visão apaga mais um verso.
E tudo pela mão do Criador
É dirigido e renovado ao dia
Lembrando-nos que o amor
É a sua rica e eterna poesia.
Mas o homem - cego se faz
Não dando valor ao que tem
Imerso em seu ego é incapaz
De ver qual o seu maior bem.
E seu lamento pelas esquinas
Do tempo que rege a sua vida
São lágrimas que da vala mina
E a esperança rumina perdida.
Parto! Em verso solto ao mar
Que ventos o leve como amigo
E me faça em poesias retornar
Sendo amor meu único abrigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecida por sua gentil visita.