O que vejo?
São versos por aí ao acaso
Brincando pelas orlas do tempo
Em brumas ocultos a espera do ocaso
Ou de sonhos vindos por algum vento...
O que vejo?
São poesias iludindo as sós almas
Corações sangrando as suas dores
Sonhos voando em quebradas asas
Descortinando um céu de horrores...
O que vejo?
São alguns escrevendo o amor
Sem o coração sentir com verdade
E como se, o seu brinquedo fosse...
Iludem alguém ferindo em realidade.
O que vejo?
É o caminho sem muita coerência
Que seguem corações apaixonados
Cegos à razão - abrem-se a emoção
Fantasiando serem assim amados.
O que vejo?
São tantas tristes almas solitárias
Se agarrando à ilusão dalguns versos.
Sentido pra si o que não tem endereço...
Embarcam por essas linhas imaginárias.
O que vejo?
É a desilusão acentuada nos escritos
Conquistas - sem a conquista do amor
Tantos sozinhos com sua própria dor
E amor versado em dito por não dito!
O que vejo?
É o meu coração bater por um só amor
Que o tempo dos tempos atravessará...
Ele é o verso - que por eras e eras será!
No templo da minh’alma único mentor.
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