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quarta-feira, 30 de março de 2011

NOCTÍVAGO




Ah! Se aqui estivesses


Não me seria esta noite


Tão absurdamente vazia.



terça-feira, 29 de março de 2011

NÃO MAIS CREIO…


Não creio em falsos rumores
Que fingindo os seus amores
Forjam com brilho de estrelas
Sua solidão em escuras vielas.
Espinhos disfarçados em flores
Sorriem escondendo suas dores.

Não creio em jogos de amor
O amor é por si - o esplendor!
De artimanhas ele não precisa
Nem o olhar do mundo ele visa.
Do ser amado quer ser o tutor
Dos prazeres o silente escultor.

Não creio em palavras lançadas
Fazendo alarde de nova estrada
Sem ter em dois o amor florado.
O amor é a comunhão de amados
Segredo de duas almas trançadas
Olhares secretos em madrugadas.


DETRÁS DA LUA


Por detrás da lua
Os sonhos perdidos
Uma estrela sem brilho
Um mundo despercebido.

À frente do rei sol
A sobra d'esperança
A vida a ser sentida
A luz como herança.

Por detrás do olhar
A alma em segredos
Múltiplos sentimentos
Complexo no enredo.

À frente do amor
Coração desvairado
Oscilando o compasso
Querendo ser domado.



segunda-feira, 28 de março de 2011

INIGUALÁVEL SABOR

 
Ah... Mulher! Jamais espere
O vinho da paixão se azedar
Beba-o enquanto sua essência
Tem o melhor pra te ofertar...

E desse vinho se embriague
Desse néctar tome seu prazer
No ar espalhe o seu perfume
E seu êxtase deixe-o conhecer.

E por essas noites - se estenda...
Pois esse será seu tempo melhor
O de plantar amor e dele colher
Da paixão - o inigualável sabor.


FEITIÇO DA NOITE



Debruçada nas estrelas

Contemplo o feitiço da noite

O escuro deixa de ser treva

Castiçais prateados luzem.

Num banquete de magia

Esqueço o meu árduo dia

E nos braços da aventura

Beijo com doce candura

Seu verso que assim viaja

Bem junto à minha poesia.



domingo, 27 de março de 2011

PERCEPTÍVEL TOCAR




Tão secreto é esse teu me olhar


Mas creia-me - a minh'alma o sente


Suave como asas - teu olhar pousar.






ENTÃO... SENÃO...


Então...
Abrace toda a minha alma
Sussurre-me a tua melodia
Sopre essa corroída solidão
Pra bem longe dos meus dias.

Então...
Olhe-me em mesmo horizonte
Pouse os teus versos nos meus
Tinja os meus traços tristonhos
Com o sorriso azul do teu céu.

Então...
Que teu pólen me toque e fecunde
E em meio as minhas folhas secas
Seja a poesia meu outono em flor
Inspirando o meu corpo ao amor.

Então...
Que as alvoradas dos meus dias
Tenham o teu semblante risonho
E em asas incomuns de sonhos...
Sobrevoem os jardins da poesia.

Senão...
Tristonhos morrerão os meus dias
Nas sobras das minhas frias noites
E o meu outono - invernosos versos
Secas folhas sem a tua companhia.



quinta-feira, 24 de março de 2011

INCRÍVEL MAGIA



Por estreito corredor

Bailam em silencioso abandono

Mortas folhas de outono.



ABANDONO...


Balançou os seus ombros
Como quem não se importa
E silencioso caminhou à porta
Parou... Olhou ao alto o umbral
Sem nem olhar atrás os escombros
Suspirou sem se sentir bem ou mal
Colocou as mãos no bolso
Numa frieza de quem considera
Tudo o que sentido foi...
Ter sido só um tempo passado
Só mais um mero caso do acaso...
E seguiu assim seus passos
De um ir pra não lembrar mais
De um partir e não voltar jamais...

Ela ao vê-lo fechar a porta
Enxugou as lágrimas do rosto
Enfeitou com laço seus cabelos
Retocou a borrada maquiagem...
Tirou papel e caneta de seu bolso
Olhou o tempo escoar no relógio
E a janela em sopro de imagens...
E assim se pôs a escrever
A sua finita história de amor.
Pra talvez num futuro distante
Quando tudo for só lembrança
Retorne ele ao mesmo lugar
E não mais a encontrando
Ache as linhas daquele amor
Amareladas pelo tempo que foi
Tempo que não mais vai voltar.



quarta-feira, 23 de março de 2011

GUARDIÃO DO MAIOR AMOR



Oh, Deus! Guardião do maior amor
Alivie as dores dos tantos corações.
Diante do suplício da triste sentença
Não os deixem vazios e sem crença.
Envie aos olhos dessas almas, visões
De horizonte feliz em mundo de cor.

Ate os seres sós a bons sentimentos
Avive luzes floresça todos os jardins
Plante sonhos em lugar dos horrores
Apague as tristezas e vis dissabores...
Traga nas asas de luz seus querubins
Pra cessar as lágrimas de sofrimento.


terça-feira, 22 de março de 2011

TER-TE...


De algumas letras preciso
Para o teu nome escrever
Mas... Dum só sentimento
Pra dentro do peito te ter.

Em mil estrelas me inspirei
No triste tempo da poesia
Hoje me basta o teu olhar
Pra renascer a luz do dia.

Tantas foram - as melodias
Que eu ouvi pra me inspirar
Ora o ritmo do teu coração
É que me faz no amor viajar.

De poucas palavras preciso
Pois a minha alma podes ler
Para saberes o que eu sinto
É só vir meus versos colher.


SINGULAR



Um momento singular

Em meio a tantos plurais

É quando corpo ao amar

Liberta d’alma seus sais.



domingo, 20 de março de 2011

DEGUSTANDO O TEMPO


O tempo... Querido!
Nunca pára...
Não espera à porta
Ele simplesmente passa
Velozmente corre...
Trespassando o corpo
Atravessando a alma...
E o que nos socorre
É o perfume da saudade
Que nos vãos da memória
Vai traçando poesias
Que no presente escorre
Avivando lembranças
Que jamais morrem.

Ah! Meu querido
Por essa estrada eu sei
Não mais se volta...
É como um bom vinho
Transbordando do cálice
Marcando toda a pureza
Duma toalha de linho...
Também assim a alma
É marcada por sua cor
O corpo por sua textura
A boca pelo seu sabor
Se degustado foi o amor.

Ah! O tempo...
Esse que depressa
Pode tudo alterar
E há um tempo distante
Pedaços de uma vida
Pode ele carregar...
Não consegue levar
Os mágicos instantes...
A essência do amor...
Essa... Que vicia o dia
E que embriaga a noite
Com o olor de seus sais.


MEUS SONHOS...



Já é tarde

Hora de apagar

As estrelas

Me despedir da lua

E escolher uma nuvem

Pra deitar - os sonhos

Que ainda tenho

Pra sonhar...



sábado, 19 de março de 2011

AIS DA VENTURA



A alma que busca
Crivada de rosas
Desponta em ternura
Despreza a amargura
Arrancando suspiros
Dos ais da ventura.

A mágica da vida
Renascendo em Sóis
Desenhando Luas
No corrimão das ruas
Leva sonhos ao céu.

E como poesia
Real e de encanto
Surge mais um dia
Na aurora d’uma vida
Soprando... Revigora
Sua alma adormecida.



MAIS JUNTO DE MIM...



Minha poesia anda quieta
Ronda-lhe certo silêncio
Navega em rio de tristeza
Procurando achar belezas...
Mas a saudade é verso vazio
Deixando-a ser incompleta.

Minha alma anda inquieta
Com facilidade chora e ri
Abre e se fecha noite e dia
Parecendo viver em agonia
Mistura tudo dentro de si
Assim confusa se faz secreta.

Meu coração acelerado
Quer apaixonado mais viver
Batendo forte só por amor.
Mas ele cai por terra qual flor
Deitando lágrimas do sofrer
Num lamaçal de desagrados.

Meu corpo vive à mercê
Dum desejo que todo o toma
Quer o seu querer em prazer
Pra seus orgasmos descrever...
Mas preso o êxtase em redoma
Cresce numa vontade de você.

O meu amor anda tão assim;
Velejando nessa impaciência
Ora tão calmo - ora sem juízo
Indo por um mar de improvisos
Conserva-se intacto em poesias
Pra te sentir mais junto de mim.




DESILUSÃO...



Eu preciso duma nova canção

Uma que tire totalmente de mim

O som dum velho e triste refrão.



terça-feira, 15 de março de 2011

JAPÃO



Esse mesmo mar
Que calmo encantada eu visualizei.





Que há poucos dias atrás
De toda sua beleza eu me inspirei.





Que ao som das suas ondas
Tanto viajei e em versos lindos flutuei.





Hoje é um mar de lágrimas
Triste poesia que em profunda dor em mim calei.



segunda-feira, 14 de março de 2011

DORAVANTE...



Nos

Entrementes da vida

Fez-me uma promessa

Doravante...

Melhor deixar esquecida.

Pois tanto...

Tanto tempo faz...

Que creio nem lembrar mais

A saber-me - cumprir jamais!

Assim por minha vez...

Dos tempos que foram outros

E que guardado

Só eu tenho nas lembranças

Melhor livrar-lo do fardo

Desse envelhecido prometido

Libertá-lo do passado tempo

(Não selado) - Escrito e Dito...


sexta-feira, 11 de março de 2011

AGRADEÇO AOS AMIGOS



Queridos amigos e leitores

Devido às mensagens

Por mim recebidas

Com a preocupação em saber

Sobre os meus entes amados

Que residem no Japão

Tranqüilizo-os

Entrei em contato com eles

E todos estão bem...

Lá o tremor foi leve

Pois a região afetada pelo Tsunami

É bem distante de onde residem.

Agradeço de coração a todos

E peço que unimo-nos em orações

Pelos atingidos por essa catástrofe.



ALCANÇANDO-TE



Vim buscar o teu sorriso
Quero-o largo...
Pode ser ele atrevido
Ou inocente de menino
Mas o quero sempre comigo.

Vim buscar o teu olhar
Quero-o me seguindo...
Pode ser ele maroto
Ou na pureza de garoto
Mas o quero bem profundo.

Vim buscar o teu beijo
Quero-o apaixonado...
Pode ser ele tímido
Ou ardente e molhado
Mas o quero em meus lábios.

Vim buscar o teu coração
Quero-o saltitando...
Pode ser ele machucado
Feliz ou se curando
Pois o quero pra mui amá-lo.

Vim buscar o teu corpo
Quero-o realizado...
Pode estar ele cansado
Desejoso ou solitário
Pois o quero pra acarinhá-lo.

Vim buscar-te pra amar
Quero-te mais que sonho
De alma e corpo quero-te!
Mesmo que distante...
Pode o meu amor alcançar-te.


quarta-feira, 9 de março de 2011

POETA



Como desfazer d’olhar o medo
E a angustia de todo coração...
Se barbáries tem sido o enredo
E o amor perde força e razão?

O mundo as avessas tem andado
Espíritos caminham sem direção
Cruéis notícias nos têm assolado
Deixando a todos em desolação.

Como um poeta ainda consegue
Fazer azul onde reina escuridão?
Mas é assim que a poesia segue...
Com olhos d’alma em doce ilusão.

Duma lágrima um solo infértil rega
Brotando verde esperança das mãos
Poeta é sêmen à poesia que não nega
À vida e ao amor sua plena exaltação.



sexta-feira, 4 de março de 2011

FIM DE NOITE...



Já é fim de noite...
Entre meus seios repousas
Sussurra-me uma canção
Olha-me com muita paixão
Os pensamentos ganham asas
Enquanto tuas suaves mãos
Acarinha todo o meu corpo
Numa deliciosa sedução.

Eu sorrio-te e me sorris…
O cansaço não nos toma
O amor é quem nos acolhe
E a essa vontade doma.
Eu quero-te e me queres
E nossa entrega recomeça
Corpos em intensa loucura
Almas em doce brandura.


quinta-feira, 3 de março de 2011

SAUDADE DE UM AMOR



Eu tenho saudade de um amor
Que me tome nos braços de verdade
Que ande comigo nas ruas da cidade
Que em seu corpo me tenha em prazer.

Eu tenho sim! Uma grande saudade
De ouvir, te amo, tendo olhos nos olhos
De sentir pele na pele arder em desejos
E sentir o abrigo de braços de amor.

Mas essa saudade, que eu tenho...
Precisa dum outro corpo para findar
Necessita do silêncio do após se amar
Precisa daquele - juntos sempre estar.

Quem vive em solidão, saudade sentirá
De no frio da noite seu leito compartilhar
De no aconchego do outro, ver o dia chegar
Dividindo tudo em dois e ao amor se somar.